sábado, 13 de novembro de 2010

Catarse I

gabriel m. ribeiro 

Por um sonho derradeiro onde vociferam maus duendes
Arautos brancaleônicos ocultos em metáforas não-sutis
Moinhos cervânticos rosnam vitoriosos e nada se pretende
Tombam, mutilados na essência, pensamentos  pueris.

Vão, ideais labirínticos, enredar-se  de pureza em sua teia
Encontrar, faminto, enfurecido,   sentimento Minotauro
Ou esconder-se, como Jonas, nas vísceras da baleia
Ou esmagar-se com Spielberg sob as patas de tiranossauros.

Fecunda, ódio maldito, em fermento insano
Borbulha hidrófoba alma ensandecida
Purga, depura, regorgita e excreta o gen profano

Vestais, salamandras, iaras e ondinas enternecidas
Elementais purificadoras consagradas pelo animal humano
Levam, lavem, tornem leve o coração e alma tão sofridas.


09/11/98

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