gabriel m. ribeiro
Tenha pena de mim,
sou a sobra do farrapo
que esta paixão desmedida,
esta hemofílica aberta ferida
legou à minha genética imoral.
Tenha ódio de mim,
sou o bacilo do escarro
que este caráter destruído
esta tísica maldade incutida
gerou à minha postura amoral.
Jogue esterco no meu caixão
pedras em minha sepultura
raspe meu nome da lápide
ou mije no meu túmulo
e ainda não teria pago
todo mal que lhe fiz.
- 03/09/2000 -
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