gabriel m. ribeiro
Pedras pé de moleque
deslizam brilhantes
inertes.
É noite,
os portais coloniais
testemunham
o gotejar do suor
caldo verde, lombinho
vinho rascante
cúmplices da paixão.
Pedras sabão
abrigam genialidades
imortais.
É madrugada,
as cinzas de uma época
profetizam
a agonia da lágrima
pito de palha, torresmo
pinga e groselha
endossos da solidão
Pedras de cantaria
encerram imortalidades
ancestrais.
É alvorada,
o orvalho de uma noite
alimenta
a solidão da despedida
lenço de papel, batom
letras borradas
caminhei em vão.
- 01/08/99 -
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