gabriel m. ribeiro
Por um sonho derradeiro onde vociferam maus duendes
Arautos brancaleônicos ocultos em metáforas não-sutis
Moinhos cervânticos rosnam vitoriosos e nada se pretende
Tombam, mutilados na essência, pensamentos pueris.
Vão, ideais labirínticos, enredar-se de pureza em sua teia
Encontrar, faminto, enfurecido, sentimento Minotauro
Ou esconder-se, como Jonas, nas vísceras da baleia
Ou esmagar-se com Spielberg sob as patas de tiranossauros.
Fecunda, ódio maldito, em fermento insano
Borbulha hidrófoba alma ensandecida
Purga, depura, regorgita e excreta o gen profano
Vestais, salamandras, iaras e ondinas enternecidas
Elementais purificadoras consagradas pelo animal humano
Levam, lavem, tornem leve o coração e alma tão sofridas.
09/11/98
Nenhum comentário:
Postar um comentário