gabriel m. ribeiro
Alô Nananho companheiro de agonia
De mostrar em letra e música
Tantos fatos, o dia - a - dia.
Desculpa se te ligo
Já bem passam das três horas
Será que acordei a Ceição e a Bruninha?
Pega o kassete e uma fita desgravada
Bota no fone que daqui eu vou cantarolar
Agüenta as pontas, vai ser rápido meu irmão
Estou daqui do orelhão e meu cartão vai já acabar.
Desde de bem cedo estou aqui no Mustafá
Tomando umas cervejas com steinhäger o que é que há!
Escuto um papo da fulana que é de tal
Que xingando numa bad e baixando todo o astral
Foi um bacana que azarou a Ivonete
Que comeu, bebeu, bateu e ameaçou de canivete
Um papo louco, da PJ, micheteiras e coronéis
Regado a Brama Porter, quibe, esfiha e pastéis
Um papo triste de gorjeta e strip – tease
Combinado nas esquinas, meios - fios e marquises
Um papo brabo de mulher, malandro, otário
Some logo uma carteira, é um suadouro no armário.
Eu já de pileque vou olhando p’ro decote
Faço as contas, noves fora, é mais fácil um calote
P’ra conquistar lanço um olhar de três por quatro
Um suspiro, arrumo a gola, dou um brilho no sapato
Oferecendo um limãozinho e perguntando: Quer um galeto?
Vou curtindo um jogo limpo p’ra não sujar o meu coreto
E atrapalhando um rapaz de mil trejeitos
mil estórias, mil escândalos, desconjuro e bem feitos!
Mas finalmente parceirão com ela vou ter vez
Saindo por amor, ou pagando igual freguês...
- 27/01/99 -
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