Escondi-me em tua sombra
sem rosto
sem perfil.
Escondi-me em tua silhueta
entre vírgulas do aposto
sob o ponto do ser vil.
Escondi-me da tua ausência
visitando nossa saudade
relembrando o esquecido
mentindo como verdade
permitindo o proibido
me envolvendo em vaidade.
Escondi-me como criança
bem debaixo da escada
sufocando a esperança
enterrando-a no meu nada
revivendo a lembrança
da eterna caminhada.
Escondi-me de você
olhando cego para dentro de mim
vendo em meu próprio coração
seu sorriso de amor sem fim
ensinando-me outra lição
nascente em flor no meu jardim.
- 18/03/99 -
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