gabriel m. ribeiro
Prezado Luiz Delfino
Gostaria de saber
o nome desta atrevida dor
que lhe posta ao leito
infame
disputando com o tempo
as gotas de soro
que rolam pro braço
e que doem no peito
insone
tergiversando com a noite
os centígrados da febre
que formigam na pele.
Dor maldita
que maltrata o poeta
macula a letra e rasga o livro
Distrai-se com vírus
Trança-se em categute
Perfuma com éter volátil
Retira hemácias do sangue
Resseca a saliva seca
Mas não atinge a alma
Idílica do escritor
Que renasce sempre,
Florido, pela dor do amor.
- 03/02/2000
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