gabriel m. ribeiro
Quando o sol chiou como fritura entrando no mar,
no poente horizonte de uma praia selvagem,
ouvi o seu primeiro suspiro abafar meu ouvido
e seu primeiro orgasmo molhar minha mão.
Um verão nos aquecia...
ao longe, sob a árvore solitária,
nossos alazões testemunharam,
logo após a cavalgada densa,
encorpada e orquestral
que você realizou sobre meu ventre.
Comungávamos em carne,
sexos fundidos,
ungidos e entrelaçados em pelos!
Uma onda bem maior estourou em nossos corpos
justo quando eclodíamos em prazer pleno,
consagrado orgasmo...
arranhamos a areia com nossas unhas!
Um verão inesquecível...
e na sala uma lareira fazia nascer
a lembrança de um inverno incomparável...
- 28/08/98 -
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