Beco das Bicas
Apenas um logradouro de palavras emocionalmente des-arrumadas.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Mulheres em Preto & Branco 05
Mulheres em Preto & Branco 05
a máscara não esconde
nem se esconde quem a usa
e se expõe quem abusa
de não ser seu próprio ser.
máscara, forte espartilho
disfarça em nós e laços
linhas, rendas, seda, brilho
busto, cintura em finos traços.
a máscara não esconde
nem disfarça
a máscara responde
débil farsa...
gabriel m. ribeiro
24 / 06 / 11
Mulheres em Preto & Branco 04
Mulheres em Preto & Branco 04
morena menina
menina não marina
menina apenas
apenas morena
de olhar menino
pequeno
profundo.
olhar arfante
pelo lábios secos
cegos pelo beijo
esperado
não dado
não roubado
beijo gosto saudade.
gabriel m. ribeiro
23 / 06 / 11
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Mulheres em Preto & Branco 03
gabriel m. ribeiro
curvas para serem beijadas
lambidas
lambuzadas
luxuriadas
curvas para suave deleite
delícias
desejáveis
delicadas
curvas forma de aconchego
apegos
chamegos
sossegos...
curvas de assombros
apenas curvas
sonhos em escombros
seus ombros.
13 / 06 / 11
curvas para serem beijadas
lambidas
lambuzadas
luxuriadas
curvas para suave deleite
delícias
desejáveis
delicadas
curvas forma de aconchego
apegos
chamegos
sossegos...
curvas de assombros
apenas curvas
sonhos em escombros
seus ombros.
13 / 06 / 11
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Mulheres em Preto & Branco 01
gabriel m. ribeiro
Os mistérios dos seus olhos
balbuciam
como os doces dos seus lábios
denuciam
que os loucos amores
anunciam
e os consumidos prazeres
denunciam
as nossas boas felicidades!
gabriel m. ribeiro
10 / 06 / 11
* Este trabalho basea-se em uma foto obtida da Internet.
Caso tenha interesse em vê-la, envie um email.
Os mistérios dos seus olhos
balbuciam
como os doces dos seus lábios
denuciam
que os loucos amores
anunciam
e os consumidos prazeres
denunciam
as nossas boas felicidades!
gabriel m. ribeiro
10 / 06 / 11
* Este trabalho basea-se em uma foto obtida da Internet.
Caso tenha interesse em vê-la, envie um email.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Adeus Ano Velho
Adeus Ano Velho
gabriel m. ribeiro
Não te quero mal, pois foi com você que vivi as boas emoções e experimentei também alguns dissabores do trajeto da vida.
Não vou te desprezar, pois foi com você que descobri novas verdades e reciclei muitas das já existentes.
Não vou te esquecer, pois foi com você que esperei pelo ano novo e pude pleitear sua aposentadoria.
Vai com Deus e volte em breve.
Janeiro 2012
gabriel m. ribeiro
gabriel m. ribeiro
Não te quero mal, pois foi com você que vivi as boas emoções e experimentei também alguns dissabores do trajeto da vida.
Não vou te desprezar, pois foi com você que descobri novas verdades e reciclei muitas das já existentes.
Não vou te esquecer, pois foi com você que esperei pelo ano novo e pude pleitear sua aposentadoria.
Vai com Deus e volte em breve.
Janeiro 2012
gabriel m. ribeiro
sábado, 26 de novembro de 2011
Como Castigo: Comer Jiló!
gabriel m. ribeiro
A memória repassa por estreitos corredores e escadas de uma casa de dois andares da Rua Cândido Gaffrée, onde outrora funcionou o Externato Cristo Redentor.
Uma escola que só atendia ao antigo curso primário - Jardim de Infância até à 4ª série.
Em sua direção as Irmãs Braga Furtado, D. Yvone e D. Yolanda, ambas já falecidas.
D. Yvone era uma liderança comunitária, e seus alunos recebiam rigorosa formação acadêmica e cívica. Muito religiosa, impunha às turmas, em formação no pequeno pátio frontal, além do hino nacional, as orações diárias.
Indisciplina não cabia dentro daquele colégio, pois D. Yvone reprimia com austeridade desde o início e esta não encontrava espaço para vingar.
Como curiosidade, entretanto, havia a punição que ela aplicava para quem ‘aprontasse’ mais do que o normal: a família era comunicada que o aluno ficaria na escola e almoçaria na casa dela. O “menu-castigo” seria: ensopado de jiló!
Qual nada, os poucos que sofreram esta penalidade almoçavam na verdade um belo bife, com batatas fritas e sorvete de sobremesa, mas com uma condição imperativa: teriam que confirmar a história do jiló para os demais (em uma cumplicidade secreta com ela). Demorei muito a saber disto.
Assim, D. Yvone e D. Yolanda lideraram esta maravilhosa instituição educacional com brilhantismo, até que a funesta Lei 5692/71, desorganizou a vida de inúmeras escolas que, como essa, só comportavam fisicamente o antigo curso primário.
Foi um duro golpe, a escola sofreu, as irmãs também e a comunidade perdeu um ícone da educação dos anos 50/60.
Mas com a missão cumprida, creio que as irmãs devem estar dando jiló para os anjos e serafins...
RJ, 25 / 07 / 08
A memória repassa por estreitos corredores e escadas de uma casa de dois andares da Rua Cândido Gaffrée, onde outrora funcionou o Externato Cristo Redentor.
Uma escola que só atendia ao antigo curso primário - Jardim de Infância até à 4ª série.
Em sua direção as Irmãs Braga Furtado, D. Yvone e D. Yolanda, ambas já falecidas.
D. Yvone era uma liderança comunitária, e seus alunos recebiam rigorosa formação acadêmica e cívica. Muito religiosa, impunha às turmas, em formação no pequeno pátio frontal, além do hino nacional, as orações diárias.
Indisciplina não cabia dentro daquele colégio, pois D. Yvone reprimia com austeridade desde o início e esta não encontrava espaço para vingar.
Como curiosidade, entretanto, havia a punição que ela aplicava para quem ‘aprontasse’ mais do que o normal: a família era comunicada que o aluno ficaria na escola e almoçaria na casa dela. O “menu-castigo” seria: ensopado de jiló!
Qual nada, os poucos que sofreram esta penalidade almoçavam na verdade um belo bife, com batatas fritas e sorvete de sobremesa, mas com uma condição imperativa: teriam que confirmar a história do jiló para os demais (em uma cumplicidade secreta com ela). Demorei muito a saber disto.
Assim, D. Yvone e D. Yolanda lideraram esta maravilhosa instituição educacional com brilhantismo, até que a funesta Lei 5692/71, desorganizou a vida de inúmeras escolas que, como essa, só comportavam fisicamente o antigo curso primário.
Foi um duro golpe, a escola sofreu, as irmãs também e a comunidade perdeu um ícone da educação dos anos 50/60.
Mas com a missão cumprida, creio que as irmãs devem estar dando jiló para os anjos e serafins...
RJ, 25 / 07 / 08
Festa Junina
Em 1996, no Centro Educacional Anísio Teixeira (CEAT) – Santa Tereza – RJ, onde meus filhos estudaram, houve mais uma festa junina. O CEAT fica instalado em um castelo (de pedra, com torre e tudo, como nas histórias). O mote da festa era Luiz Gonzaga e Ana Cristina, maravilhosa professora de música foi a “âncora” da festa, conduzindo com maestria as várias etapas da mesma.
O dia estava horrível, um temporal ameaçava a festa, mas aí...
FESTA JUNINA
gabriel m. ribeiro
Era uma tarde fria de Sábado,
o tempo estava feio,
a torre de pedra agredia o cinza do céu,
a nuvem cor de chumbo envolvia a torre.
Tudo dizia para ficar em casa
ouvindo música, tomando vinho,
comendo queijinho...
Mas a tropa estava lá,
a mulherada do CEAT!
Mulherada de trança
laço de fita,
pinta no rosto e baton forte,
todas com sotaque de alegria.
A nuvem ficou mais baixa
mais agressiva,
mas a roda não parou
O fole foi e veio, veio e foi
Luiz Gonzaga
São Luiz Gonzaga
O do Gonzaguinha, o Gonzagão
Rei do Nordeste, da caatinga
do baião, do Sertão,
Rogai por nós.
A nuvem pretaiô,
mas Asa Branca bateu asas no CEAT
e a nuvem espalhou.
Xote, calango, catira
Jongo, toada, baião
Quadrilha...
...qual fogueira de São João!
E a mulherada na pilha
sem deixar a emoção fraquejar
cantando, girando, voando,
no som da viola, zabumba,
do arrasta sandalha,
da tremenda vontade de bailar.
Num choveu não sinhô
mas os rostos se molharam de suor
os olhos choraram de emoção
e a alegria de fazer bem feito
tomou conta da quadra,
subiu pela torre,
invadiu o castelo
e ficou no coração!
Parabéns pessoal que trabalhou
Impossível esquecer esta tarde
em que a nuvem negra,
cor de chumbo
nas asas de Gonzaga,
no colo do CEAT
na força de Ana Cristina
Cor de prata ficou!!!
- 11/06/96 -
O dia estava horrível, um temporal ameaçava a festa, mas aí...
FESTA JUNINA
gabriel m. ribeiro
Era uma tarde fria de Sábado,
o tempo estava feio,
a torre de pedra agredia o cinza do céu,
a nuvem cor de chumbo envolvia a torre.
Tudo dizia para ficar em casa
ouvindo música, tomando vinho,
comendo queijinho...
Mas a tropa estava lá,
a mulherada do CEAT!
Mulherada de trança
laço de fita,
pinta no rosto e baton forte,
todas com sotaque de alegria.
A nuvem ficou mais baixa
mais agressiva,
mas a roda não parou
O fole foi e veio, veio e foi
Luiz Gonzaga
São Luiz Gonzaga
O do Gonzaguinha, o Gonzagão
Rei do Nordeste, da caatinga
do baião, do Sertão,
Rogai por nós.
A nuvem pretaiô,
mas Asa Branca bateu asas no CEAT
e a nuvem espalhou.
Xote, calango, catira
Jongo, toada, baião
Quadrilha...
...qual fogueira de São João!
E a mulherada na pilha
sem deixar a emoção fraquejar
cantando, girando, voando,
no som da viola, zabumba,
do arrasta sandalha,
da tremenda vontade de bailar.
Num choveu não sinhô
mas os rostos se molharam de suor
os olhos choraram de emoção
e a alegria de fazer bem feito
tomou conta da quadra,
subiu pela torre,
invadiu o castelo
e ficou no coração!
Parabéns pessoal que trabalhou
Impossível esquecer esta tarde
em que a nuvem negra,
cor de chumbo
nas asas de Gonzaga,
no colo do CEAT
na força de Ana Cristina
Cor de prata ficou!!!
- 11/06/96 -
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